As dimensões da crise
O governo de centro esquerda do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, eleito com 52 milhões de
votos, vive momentos difíceis. Ninguém poderia
prever, decorridos dois anos e meio da posse, um
cenário semelhante, de paralisia política e
perplexidade da sua base de apoio social. Em
meio a uma crise complexa, o governo tornou-se
refém das forças de direita, aparentemente
adiando os planos de reeleição que tramitavam
pelo Palácio do Planalto. Hesitantes no princípio,
os partidos de oposição trabalham para
neutralizar o governo até as próximas eleições,
em outubro de 2006. Paralelamente, as oposições
buscam mobilizar a sociedade para legitimar a
idéia de impeachment do presidente. Para isso
contam com o apoio da poderosa mídia
conservadora, que tem o monopólio dos meios
de comunicação de massa no país. Para eles, a
primeria opção apresenta-se menos arriscada,
dado o apoio popular que ainda goza o
presidente. Não se pode dizer, porém, que
tenham descartado a segunda.
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